Essa é uma versão atualizada do texto, de minha autoria, E se
amanhã eu não acordar...(postado aqui no blog no dia 27 de abril de
2019 -sábado)
Se
não houver amanhã (1) é
produto do confinamento, do distanciamento social imposto à todo planeta, no
início do ano 2020, por causa do coronavírus.
Pois bem, já vou esclarecendo que durante toda minha vida ouvi vozes e sussurros do meu mentalizar... “Assim, normal”... Mas neste
confinamento a intensidade do meu “EU” efervesceu.
Estive
com minha mãe na maior parte do tempo: Nos sonhos, nas canções, nas lembranças,
nas dicas dadas e aprendidas, no espelho, nas cicatrizes ... no ser que hoje
sou!
Se
não houver amanhã (1),digamos ser, a reflexão do que fui, do que
sou, por causa de quem sou assim e o que
preciso ser na Nova Era.
Se
não houver amanhã...
Terei
honrado meus ancestrais:
Que
saíram das cavernas escuras e buscaram o conhecimento sob iluminação do Sol.
Que
buscaram se proteger numa era de luz e desafios.
Que
se reinventaram, se adaptaram, mudaram e resistiram à todo obstáculo do
desconhecido.
Que
em seus rituais afastaram todo mal das crianças e dos seres vivos.
Que
dançaram aos deuses Sol e Lua, à natureza, à chuva e todos os fenômenos que
tentaram entender e explicar.
Que
foram gratos ao universo por permitir a vida
Que
em noites de luar, se reuniram para histórias contar, sem deixar que aquele
fato, morresse com eles.
Que
permitiram que todos experimentassem o prazer da vida.
Que
se emocionaram na origem, na chegada e na partida.
Que
foram determinantes na abertura de fronteiras.
Que
laboraram na terra seca e avermelhada em busca de força e alimento.
Que
lutaram por “causas”, por ideias, por sentimentos, por território, enfim... por
pertencimento.
Que
levantaram bandeiras, cruzes e templos.
Que
se envolveram na malicia encarnada e na maldade aspirada, por não serem santos.
Que
questionaram padrões e comportamentos.
Que
se banharam de sangue, na luta, na defesa de seus clãs, na guerra armada
acreditando ser o melhor para a humanidade!
Que
se queimaram com a ignorância do outro e a incompreensão da igreja. Que foram
desfigurados por serem angelicais ou por terem a marca da “insanidade
planetária”.
Que
questionaram o modelo atual de suas épocas por não atender aos mais
necessitados.
Que
se sentiram necessitados de uma ordem maior.
Que
clamaram, que louvaram cada manhã, cada alimento, cada por do sol, cada gota de
chuva, cada flor, cada relação com o
outro, cada experimento, cada sensação.
Que
experimentaram.
Que
foram gratos.
Que
sentiram o frio e se acolheram.
Que
na tempestade se protegeram.
Que
na calamidade oraram para que seus descendentes não sofressem o mesmo.
Que
viram e sentiram a maldade que um ser humano é capaz de ter.
Que
se envergonharam e recomeçaram.
Que
mudaram atitudes...
Que
se superaram em cada momento de suas vidas.
Que
me inspiram a nunca desistir!