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Mateus e Mamãe

Mateus e Mamãe
Fase Maravilhosa!

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Novos tempos chegaram


Novos tempos chegaram. Ninguém fora antecipadamente informado sobre a pandemia que pararia o planeta. E eu, como milhares de habitantes, fui forçada a parar. Parei de trabalhar, parei de passear, parei de abraçar, parei de transitar entre tantos outros, que também o fizeram. A primeira coisa que me veio à cabeça foi aquela brincadeira ”STOP”. E me vi esperando o novo comando que sequer saberia de onde viria! E eu, como milhares de habitantes, me vi acompanhada de meu filho, em meu lar!
Inicialmente tive a sensação de medo e insegurança e disse a mim mesma “Andréia, você é a adulto aqui, mantenha a cabeça fria e faça o que o momento exige!” Sentei-me com meu filho e percebi que a gente tinha muito pra conversar. Arrumei os livros no armário e vi que muitos sequer havia lido! Arrumei as gavetas e separei as roupas que nem deveriam estar ali! Fui até a cozinha, liguei o celular na “playlist” e deixei rolar. Fiquei surpresa em saber cantarolar as melodias tocadas. Aquilo afetou meu paladar… foi como se estivesse saboreando aquela refeição pela primeira vez! Sentei-me na sala e ao ligar a TV, percebi que as séries não estavam terminadas… Coloquei tudo em dia! Amei ter o momento do cinema! E eu, como milhares de habitantes do planeta, me vi, com tempo de me curtir e curtir tudo!
Fui percebendo, aos pouquinhos, que a “curtição” do cotidiano tinha uma ressignificação que descortinava novos tempos! E eu, como milhares de habitantes, atendi ao comando: “Respire, curta e não pire!”
Nas primeiras semanas de “isolamento”, ‘distanciamento”. ‘recolhimento” (foram tantos os termos usados) aquietei-me e pude sentir o meu pulsar, a minha respiração, a respiração do meu filho, os sons dos gatinhos que moram no andar de cima, o som do apartamento ao lado ( acredito que o casal de idosos se sentiram mais seguros no espaço rural). Passei a mão no celular e conversei com meus familiares no “whatsApp”, atualizei-me do cotidiano de meus amigos no “facebook”, revisitei meu blog, assisti “lives”, dancei com meu filhote , cantei no “Smule. E eu, como milhares de habitantes procurei acalentar meus anseios e angústias.
Novos tempos chegaram exigindo de mim uma desconstrução de um passado recente… E eu, como milhares de habitantes do planeta, preciso me “conectar com o novo” ressignificando minhas práticas, meu caminhar! E finalizo com palavra de Thiago de Mello , Não tenho caminho novo/ o que tenho de novo é o jeito de caminhar./ Mas com a dor dos deserdados/ e o sonho escuro da criança que dorme com fome/ aprendi que o mundo não é só meu./ Mas sobretudo aprendi/ que na verdade o que importa/ antes que a vida apodreça/ é trabalhar na mudança do que é preciso mudar/ cada um na sua vez/ cada qual no seu lugar”

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