Tem uma parte de
mim, que vocês não conhecem!
Uma parte de mim,
que se fez de sonhos acalentados por uma genitora magnífica!
Parte dela também!
Parte de sonhos compartilhados de aproveitarmos cada oportunidade que
a vida fosse capaz de proporcionar.
Minha matriarca
dizia que teríamos que ficar atentas, com olhos esperançosos e com
o coração puro. Pureza, no sentido de bondade, solidariedade,
fraternidade e fé!
Me acalento e
alimento disso, desde sempre que me compreendi com ser ativa e dona
de minhas histórias e vida!
Uma parte de mim,
que se fez de sonhos realizados, de fracassos superados, de rejeições
experienciadas, de desamores e de falta. Falta, distância física de
um ser paterno que se fora cedo, cedo demais…
Minha matriarca
dizia que teríamos que ser fortes e unidos, mesmo que outros
dissessem que nos separar seria o melhor! Melhor foi o amor
compartilhado e o exemplo de entrega de vida pelos filhos, amor
materno que em 2004, eu entenderia! Entender que maternidade é um
compromisso infinitamente extraordinário, que motiva, dá força,
regenera, rejuvenesce, fortalece laços e esperança!
Me acalento e
alimento disso, desde que brincava de bonecas de papel picotado ,
criado por minha irmã Adriana, ou com as bruxinhas feitas pelas
minhas avós!
Uma parte de mim que
assistiu a dinâmica do ser feminino Glorinha! Dedicada, fortaleza,
amparo e cristã! Cristã no sentido de procurar e tentar trilhar os
caminhos de amor ao próximo!
Me acalento e
alimento disso, desde de que me percebi frágil , com um ano de
idade, quando precisei dos seus cuidados e de sua fé, para
continuar minha jornada! Quando me vi em riscos e precisei do seu
olhar amigo e seus conselhos sábios… que eu “fingia” não
ouvir.
Uma parte de mim que
aprendeu a cantar, dançar e contagiar a todos com minha alegria e
histórias cômicas! Cômicas, no sentido de que o riso sempre foi e
será o melhor remédio!
E hoje, mexendo em
meus “objetos biográficos”, relicários que para muitos são
simples álbuns de fotografias; construí esta narrativa.
Estas são algumas
“memórias plasmadas” na minha existência, umas das tantas
narrativas de vida “que elejo” como base que sustenta meus
ideais, sonhos e força!
Finalizo, sendo
grata aos meus antepassados que me proporcionam essas construções a
partir de minhas memórias afetivas!